Despedida em casa do Julio e da Olga.

Despedida em casa do Julio e da Olga.
Foi com feijoada 'a brasileira e musica sertaneja que dissemos adeus ao Julio e 'a Olga. Partiram para Guine-Conakry :-(

Casamento em Accra

Casamento em Accra
Fui madrinha. Ou melhor, testemunha. O Julio (brasileiro) e a Olga (australiana-grega) casaram pelo Civil. A noiva decidiu ir de cor-de-rosa. Eles foram-se embora do Ghana, pois o Julio tem carreira diplomata, e quiseram casar na presenca da irma do Julio, Alzira (vestida de branco ao lado dele) antes de irem embora. Ficam as saudades. Um casalinho muito porreiro.

IIT Kloster Kappel

IIT Kloster Kappel
Recém-chegada do International Intensive Training em Comunicação Não-Violenta (CNV), venho com o coração bem quentinho. O evento teve lugar no mosteiro Kloster Kappel, em Kappel am Albis, na Suiça. Foram nove dias intensos, com aulas das 9h às 21h, mas muito, muito felizes. Um dos objectivos era, claro, conhecer o Marshall Rosenberg, pai do processo da CNV. Um verdadeiro senhor. Só a sua presença enche uma sala. Cá estamos nós num dos muitos momentos bem-dispostos que marcaram o encontro. A minha vontade era ir já ao próximo, mas será nos EUA, um bocadinho longe do Ghana…

O caminho menos percorrido

O caminho menos percorrido
Um dos vários caminhos que dá acesso aos bosques que envolvem Kloster Kappel. O cenário é realmente paradisíaco.

Clube do Livro, Junho 2009

Clube do Livro, Junho 2009
Uma delícia de salada de frutas, está visto! Todos os meses, um grupo de vizinhos do Cedar Court junta-se para o Clube do Livro. É escolhido um livro que toda gente deve ler e, no mês seguinte, é organizado um jantar para trocar ideias sobre a leitura. Cada mês há um anfitrião diferente que faz o jantar e cede o espaço de sua casa para o Clube se reunir. Em Junho, os vizinhos paquistaneses, Faryal e Ali, receberam-nos muito bem :-) Foi também o último Clube em que participaram os vizinhos Albert e Frank, que em breve regressam à Holanda.

Clube do Livro, Junho 2009

Clube do Livro, Junho 2009
Da esquerda para a direita, no sofá: Argis (a mãe do Ali), Faryal (vizinha paquistanesa, anfitriã do Clube em Junho), Albert (vizinho holandês), Kathrin (vizinha alemã), Frank (vizinho ganês), Patrícia (eu, portuguesa), Alice (vizinha da Zâmbia). Em cima, da direita para a esquerda: Ali (paquistanês, anfitrião do Clube em Junho), Peter (marido de Alice, também da Zâmbia), Rex Quick (vizinho sul-africano), Peter White (vizinho dos EUA), Laura Rose e o marido (vizinhos dos EUA), e Ventura (vizinho espanhol). Grupo simpático e variado, não?

Caracol noutra encarnação

Caracol noutra encarnação
Pois é. Estando no Gana há relativamente pouco tempo, conseguimos mudar de casa quatro vezes. Esta é a segunda casa, também no Cedar Court, lembram-se (ver abaixo)? Amanhã será a mudança para a casa n.º3 e lá ficaremos durante umas semanas, até a casa definitiva estar pronta. Por isso, talvez em breve estejam por aqui fotos da casa n.º 3. Para já, fica uma da n.º2, em tudo semelhante à n.º1. Confusos? Nós também. Vida de caracol não é fácil ;-)

Companheiro no último mês

Companheiro no último mês
Chama-se Knutsi e durante o último mês foi nosso companheiro de casa. Vamos ter saudades dele quando mudarmos de casa.

Ora, estamos de volta!

Depois de um interregno, Encontros no Gana está de volta. Mas como temos o cartão da máquina fotográfica avariado, fazemos batota: ficam algumas fotos do percurso feito na Páscoa, em Portugal.

Santa Comba Dão

Santa Comba Dão
Junto à casa de Oliveira Salazar

Piódão

Piódão
A aldeia do Piódão faz parte da rota das aldeias de Xisto em Portugal. A roupa ainda colocada ao sol, à moda antiga. Adorei!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Parabéns Gana!


Amanhã, dia 6 de Março, o Gana completa 52 anos de independência do Reino Unido. Um pouco por todo o centro de Acra as alusões a esse dia tornam-se visíveis.
É nestes dias que bate um pouco aquela sensação de e(i)migrante: é um dia que para os estrangeiros pouco significado tem. Mas não estando em Portugal, e gostando de estar a viver no Gana, é fácil sorrir ao ver as bandeirinhas coloridas a multiplicarem-se e imaginar o que pode significar este dia para os Ganeses. Apesar de algumas duras críticas da Comunicação Social ao actual estado do país após mais de meio século, o que se vê nas ruas de Acra é um grande orgulho por parte da população. Abstemo-nos de tomar partidos estando cá há tão pouco tempo. Mas o Gana é actualmente o país mais seguro da África Ocidental. Alguma coisa tem corrido bem nestes 52 anos, não? Assim, sendo, Parabéns Gana!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Infância perdida...


Apenas uma catana?

Não me deito a adivinhar que idade terá a criança que está nesta foto. Encontrámo-la à saída da reserva natural de Shai Hills, na estrada que sai de Acra em direcção ao Norte.
Uma realidade que nos apercebemos a viver aqui é que as crianças crescem muito depressa. Pouco tempo lhes é permitido para serem crianças, tanto rapazes como raparigas, mas com maior incidência para as raparigas, que cedo abraçam a maternidade, as tarefas domésticas e depressa aprendem a equilibrar na cabeça volumes de mercadorias para vender e transportar.

Desaparecimentos

Com alguma frequência surgem notícias nos jornais de crianças e jovens desaparecidos. Uma pequeníssima experiência feita: em 3 dias, entre 21 e 23 de Fevereiro, sairam em dois jornais locais fotografias de 5 crianças desaparecidas.

Violência

Em Acra há diversos orfanatos. Acolhem crianças cujos pais morrem ou que as abandonam, ou que não têm dinheiro suficiente para as criar. Mas recentemente saltou para as páginas dos jornais um escândalo de pedofilia numa das instituições, o que levou à investigação e ao encerramento de outras devido a casos de violência para com as crianças ou à falta geral de condições de saúde e de segurança.

Aborto

O aborto em jovens com menos de 20 anos é um «tema do dia». Os métodos de contracepção ainda não são (correctamente) utilizados e a gravidez indesejada (bem como a Sida, não raras vezes) surge como consequência. Desde a ingestão de vidro à inserção de Guiness (cerveja) misturada com açúcar, passando pela sobredosagem de medicamentos, diversos são os meios utilizados pelas jovens para provocar o aborto. Como último recurso, dão entrada em clínicas pouco salubres, colocando a sua vida em risco.

Gostaria que todas as crianças tivessem direito à sua infância. Roubar esta infância deixa uma sensação dormente de injustiça e amargura...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Nana Adusah ganha a vida a assar fruta-pão



A história de Nana Adusah poderia ser a de qualquer mulher que em Acra ou em Kumasi ganha a vida a assar fruta-pão nas ruas da cidade. Parecida com a banana mas maior e mais doce, esta iguaria local é preparada de diversas formas, em pratos e doces. No dia-a-dia, é comum vê-la assada, vendida à unidade, e frita, em pequenos pacotes em tudo semelhantes às nossas batatas-fritas.

Achámos curiosa esta notícia do Daily Graphic, jornal diário ganês, que abaixo traduzimos. A história de Nana é realmente única, mas estamos em crer que será muito semelhante à de outras mulheres ganesas. Sorriso será a palavra-chave associada a esta pequena notícia…


«Nana Amma Adusah é uma velha mulher de Bantana, na metrópole de Kumasi, que serve fruta-pão assada aos seus inúmeros clientes. É popular por uma razão: serve-os com um sorriso aberto.
Ela está neste negócio desde a sua juventude e continua a fazê-lo como única fonte de rendimento.
Apesar de não conseguir dizer a sua idade concretamente, fontes da família disseram ao Daily Gaphic que Nana Adusah tem cerca de 97 anos.
Ocasionalmente, ela também vende fruta, tal como laranjas, ananases, mangas e bananas, dependendo da estação do ano.
Nana Adusah, cuja entrevista nos foi dada em Akan [o maior dialecto local] e traduzida para inglês, disse: ‘comecei a assar fruta-pão há muito tempo atrás, já antes de ter dado à luz os meus dois filhos que, por acaso, morreram os dois, e, apesar da minha idade, tenho que continuar a fazê-lo. Isto porque não tenho quem me apoie financeiramente e porque não quero morrer à fome, tenho que vir para aqui todos os dias, servir os meus clientes e gerar algum rendimento para a minha subsistência.’
O negócio de Nana Amma Adusah situa-se em frente à casa de família, o que significa que ela tem de andar apenas alguns metros desde a casa até ao local onde trabalha.
Ela disse que estar na vida activa ao longo dos últimos 70 anos a tornou fisicamente forte e que a necessidade de sobrevivência a faz continuar, já que nunca teve qualquer problema com a sua visão.
‘Na altura, não tinha dinheiro para abrir um negócio que fosse lucrativo e como assar fruta-pão não requeria um grande investimento, comecei’, explicou. (…)

Questionada sobre a razão que a leva a continuar no negócio após mais de 70 anos a servir os seus clientes, Nana Adusah, que é de Apemanim, na região Ashanti, explicou que um dos seus netos, que era o seu ganha-pão, morreu misteriosamente em Abidjan ‘e isso agravou o meu desgosto porque neste momento todas as minhas crianças, que deveriam cuidar de mim, estão mortas; e com a morte do meu neto, Sam, há 11 anos, dependo unicamente de Deus para me dar força para poder continuar com este negócio, caso contrário, morro à fome. Não é um trabalho fácil, especialmente com esta idade, e espero que venha alguma ajuda de algum lado e de algum filantropo disposto a apoiar-me financeiramente para sobreviver, mas à falta de alguém que ajude, irei continuar a assar fruta-pão e a vender fruta até me juntar aos meus antepassados’, sublinhou Naa Adusah.


Fonte: Adaptado de «Daily Graphic», quinta-feira, 12 Fevereiro, 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Lenda Urbana - Morcegos devotos


Ao longo do Hospital Militar 37 em Acra tem lugar um estranho mas verdadeiro fenómeno. Ao longo de cerca de 300 metros de cada um dos lados da entrada principal do hospital reside uma incrível colónia de morcegos. Sim.. MORCEGOS que, de repente, surgem nas árvores - sem explicação plausível! Estas árvores adornam as ruas ao longo de vários quilómetros, mas estes morcegos escolheram juntar-se nestas árvores junto à entrada principal do hospital.
Reza a lenda que, no início dos anos 70, um chefe local deu entrada no hospital para ser submetido a um tratamento. A insígnia desse chefe era um morcego, ou morcegos, dependendo de quem nos contar a lenda. Seja como for, a história continua... quando ele deu entrada no hospital os morcegos seguiram-no, esperando que ele tivesse alta. Contudo, o chefe morreu. Parece que a mensagem não chegou aos morcegos, pois eles permanecem ali, à espera que o seu «chefe» tenha alta do hospital.
Apesar das tentativas para eliminar estas criaturas através do corte das árvores e da folhagem, os morcegos persistem!!
O crepúsculo é a melhor altura para os ver a levantar voos aos milhares. Tragam máquina fotográfica!

... e esta é uma história verídica! Foi o amigo de um amigo meu que ma contou.

Para uma explicação mais científica - ainda que menos interessante - podem contactar a «Wildlife Division of the Forestry Commission of Ghana»: + 233(0)21664654 - info@wd.fcghana.com

Fonte: revista «Destination Ghana», Volume 1, nº2

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Partir para África

«O Gana tem qualquer coisa que faz as pessoas ficar. Agarra-as». Alguém hoje nos disse esta frase. É inevitável sorrir ao ouvir tais palavras. Realmente, quem vem a África encontra qualquer coisa. É inexplicável. Está nas pessoas, está nas ruas, está no calor, está nos morcegos que levantam voo ao entardecer, está no artesanato que se vende nas ruas, está nos condimentos das comidas, está nos cheiros, está... em qualquer lado, em todo o lado, mas não se sabe ao certo onde. Mas vicia! Este é um mundo completamente diferente da Europa. Este não será um blog de textos nem de grandes reflexões. Será mais de imagens. Uma ponte entre Portugal e o Gana. Uma porta do tipo «saloon» que abre para os dois lados. Estes são os sítios por onde vamos passando. Bem-vindos.

Reserva Natural de Shai Hills

Reserva Natural de Shai Hills
A tribo Shai habitou estas colinas até cerca dos anos 80. Hoje em dia, ainda utiliza pontualmente as grutas das colinas para os seus ritos religiosos. Até às grutas, vêem-se várias pedras no caminho. Os Shai, numa táctica defensiva, levavam até ao topo das colinas grandes pedras que faziam deslizar encosta abaixo quando uma tribo inimiga se aproximava. Atrás está o nosso guia, Suliman, que trabalha na reserva há dois anos. Homem de poucas palavras, mas conhecedor do local.

À saída da reserva...

À saída da reserva...
.... Uma surpresa à saída da reserva. Existe um bloco residencial junto ao portão do parque. Quando saímos, este grupo de «exploradores» estava à espreita do carro e muito devagarinho lá foi perdendo a vergonha e concedeu-nos a grande honra desta bonita fotografia.

O Artesanato de Tommy

O Artesanato de Tommy
Nesta pequena venda de rua na Spintex Road (paralela à autoestrada que liga Acra a Tema), econtrámos o artesanato de Tommy, em verga. Comprámos o bonito cesto que vêem em frente a nós.

No bar do hotel Shangri-la

No bar do hotel Shangri-la
No centro de Acra, o hotel Shangri-la é tipicamente africano. Viemos abastecer de cafeína ;-)

QUASE bica...

QUASE bica...
Digam lá que não parece mesmo mesmo uma bica? Pois é... mas o sabor não é nada igual! Se me apanho em Lisboa...

Fomos ver o mar!

Fomos ver o mar!
A cerca de 30Km de Acra encontra-se a cidade de Tema, cujo porto é um importante interposto comercial. Não muito longe do porto fica esta praia, mas não sabemos o nome...

Paisagem em frente à praia

Paisagem em frente à praia
Em frente à praia, há bancas a vender peixe e vêem-se palmeiras ao fundo, bem como um lago que forma uma reentrância no verde. Uma paisagem quase inexplicável. As cores de África são, aliás, inexplicáveis.

Na praia

Na praia
Achámos curioso o facto de relativamente poucas pessoas na praia utilizarem fato-de-banho, especialmente as senhoras. Mergulham no mar vestidas! Este é o entardecer na praia. Água quente assim nunca tinha experimentado antes. Muito, muito agradável.

Uma mesa muito especial

Uma mesa muito especial
Este senhor esculpe o tronco de uma árvore que se encontrava no interior de um condomíno que está a ser terminado. Em vez de deitar fora, o dono do empreendimento encomendou uma mesa. Está a ficar muito bonita, não?

Restaurante Africano

Restaurante Africano
No Twistin não há sítio para lavar as mãos. Cada mesa tem um frasco de detergente da loiça e os empregados trazem, a cada 10 minutos, uma taça com água quente e uma toalha. Existe casa-de-banho mas não tem lavatório nem portas! Se a ASAE visse… Resta dizer que a sopa de peixe (Fufu Soup with smoked fish)) que comemos estava muuuito picante!!

A entrada para Cedar Court

A entrada para Cedar Court
Nesta rua, os condomínios têm nomes de árvores. Nós estamos no «Cedar Court».

Esta é a vista da sala de estar

Esta é a vista da sala de estar
Pois é... vê-se a piscina da janela da sala. Dá para dar umas braçadas de vez em quando.

Uma rua de Acra

Uma rua de Acra

Um posto de Câmbios

Um posto de Câmbios

Uma «Enterprise» à maneira

Uma «Enterprise» à maneira

O trânsito de Acra em hora de ponta!

O trânsito de Acra em hora de ponta!

Táxi

Táxi
Cada táxi em Acra é peculiar. A este achámos muita piada.

No activo

No activo

IKEA cá do sítio.

IKEA cá do sítio.
É preciso é ter olho para descobrir estes cantinhos europeus nas ruas de Acra. Mas eles «andem» aí.